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Tem muita coisa legal na internet sobre a Austrália e, especialmente, sobre o que fazer no Réveillon em Sydney. Por isso, vou te ajudar com um filtro: nesse post eu indico os melhores posts que li, conto sobre as roubadas em que entrei (pra você fugir delas!) e recomendo os passeios mais legais que fiz, incluindo a queima de fogos de artifício na Harbour Bridge, um clássico de ano novo.

Quem passa o Réveillon em Sydney chega no ano novo antes

Na Austrália se comemora a chegada do ano novo 13 horas antes do que no Brasil. E se você já estava pensando em conhecer a Austrália mesmo, por que não aproveitar para “entrar no ano novo” antes?

Essa história de entrar no ano novo antes é interessante. Um dos primeiros lugares a “entrar no ano” é Kiribati, um arquipélago no Pacífico. O mais engraçado é que, até 1994, metade desse país entrava no ano novo num dia e a outra metade entrava no outro, porque a  linha internacional do tempo passava no meio dele.

Aqui dá pra ver as linhas do tempo e entender mais sobre isso. Esse post conta  onde o ano novo chega por último e esse outro explica como Samoa engoliu um dia em 2011 para deixar de ser o último – e passar a ser o primeiro – país a celebrar o Réveillon.

Sydney tem um dos espetáculos de fogos de artifício mais bonitos do mundo

Dizem que é quase tão bonito quanto o do Rio de Janeiro (que eu ainda não conheço).

Nós queríamos ver os fogos na Harbour Bridge.

E, por isso, compramos antecipadamente ingressos para a festa do Luna Park, que fica bem na frente e não é muito cara. Tá vendo aquela roda gigante embaixo da ponte? É lá. Com vista pra tudo: essa foto foi tirada da Opera House.

Foi bem bonito, especialmente a cascata de fogos que cai da ponte no encerramento dos fogos. Mas tivemos dois problemas.

O primeiro é que é preciso chegar cedo (tipo 19h) para conseguir um bom lugar. E, se sair dele, é bem difícil voltar. O problema é que não tem ambulantes vendendo bebida. Ou seja, se pegou o que comer e beber na chegada, tudo bem; se não pegou, azar.

Nós não pegamos – e  a consequência é que foi minha primeira virada sem um brinde de espumante.

O segundo problema: apesar da maioria das pessoas dizer que o sistema público de transporte funciona bem durante o evento, todo mundo quer voltar pra casa no mesmo horário, depois da queima dos fogos.

Nosso hotel era do lado oposto da ponte e ela estava bloqueada para pedestres. A única saída era o metrô e todas as mais de 100 mil pessoas que estavam no Luna Park dependiam dos mesmos trens.

A multidão na rua em direção ao metrô era ridícula! Tivemos que esperar umas duas horas até diminuir o tumulto. A sugestão aqui, pra quem for no Luna Park, é não sair cedo. Se é pra esperar, melhor esperar na festa do que na fila do metrô. Curte a festa até umas 4h da manhã, que aí não vai mais ter fila.

Tirando isso, foi tudo ótimo. Valeu muito a pena.

Opera House, Jardim Botânico e Rua das Pedras (The Rocks)

A visita guiada na Ópera House não é barata, mas valeu muito a pena. E sair de lá em direção ao Jardim Botânico e fazer uma longa caminhada pela beira do mar foi um dos pontos altos da viagem.

Dali é bem fácil visitar The Rocks, a parte “antiga” de Sydney. Que, na verdade, é super nova, porque a cidade comecou a ser construída em torno de 1788. É um ótimo passeio, especialmente aos domingos, quando sempre acontece uma feira por lá.

Aqui tem dois bons artigos sobre a área, um sobre a história da região e outro com uma dica de roteiro.

Sydney Aquarium e Taronga Zoo

Eu não sou muito de bicho – e, ainda assim, adorei visitar o Sydney Aquarium e o Taronga Zoo.

O Aquário fica em Darling Harbour, uma área super turística, mas bem bonita. Só que fica barulhenta e lotada demais pro meu gosto à noite.

Além disso, os restaurantes são do tipo caro e ruim, sabe? Mas um dia fomos lá à tarde, e a nossa caminhada foi bem agradável.

Entrar no Aquário é como entrar no filme Procurando Nemo: todo o tipo de vida marinha!

Além de caminhar pelo meio de aquários cheios de tubarões, tem pinguim, leão marinho, peixes de todos os tamanhos e cores.

Quanto ao Zoo, se eu soubesse que seria tão legal, teria programado passar um dia inteiro lá, ao invés de só a tarde.

Pra começar, o lugar é lindo. E como fica do outro lado da baía, de lá se tem uma vista deslumbrante da cidade.

Depois, tem animais divertidíssimos. As focas brincavam enlouquecidas se jogando contra o vidro do aquário gigante em que estavam; os coalas são a coisa mais apaixonante do mundo; os cangurus ficam lá paradinhos, esperando a gente chegar perto para tirar foto.

E, claro, tem ornitorrincos, quer mais divertido que isso?

Pois é, tem: o Zoo tem vários programas especiais, e vale a pena programar com antecedência a visita para aproveitar ao máximo. O site mostra a programação completa.

Para ir para o Taronga Zoo, é preciso pegar um ferry-boat na Circular Quay. Essa é uma área bem agitada, pois é o porto central da cidade.

Na volta do cais tem um monte de restaurantes. E foi num desses que comemos carne de canguru (que eu gostei, parecia carne de vaca) e de crocodilo (que eu não gostei, era uma carne branca com textura esquisita).

Sydney Tower Eye

Fizemos o Sky Walk (caminhada ao ar livre no topo da torre de Sidney) e foi bem legal. Só não dá pra quem tem medo de altura: caminhamos por cima de um piso de vidro que estava a algumas centenas de metros do chão…

Algumas das fotos mais lindas que tiramos da cidade foram de lá.

Foi um pouco difícil de achar a entrada para a torre, porque, na época, era muito mal sinalizado. Para chegar, é preciso ir até o quinto andar do Westfield, um prédio comercial gigantesco.

Recomendo comprar ingresso antecipado – a fila estava longa, coisa de uma hora de espera. O passeio todo, sem fila, porque a gente já tinha ingresso, levou cerca de 3 horas.

Praias

Só tivemos tempo para visitar as praias mais famosas, Manly e Bondi.

Chegar em Manly Beach foi fácil, a gente pegou um ferry-boat em Circular Quay.

Esse post conta como esse bairro de Sydney se transformou no bairro mais legal da cidade.

Já para Bondi fomos de ônibus e foi uma indiada: ônibus de linha, pinga-pinga e sem ar-condicionado – num calor de 40 graus. Ainda bem que chegando lá tem mar!

Esse é um post bem legal sobre Manly, que no final tem links para posts sobre outras praias, incluindo um sobre Bondi Beach. Esse outro post fala sobre as praias do norte em geral, incluindo uma lindinha chamada Curl Curl.

E esse faz um resumão sobre as praias, tanto ao norte quanto ao sul da cidade.

Pra finalizar: esse é um post que ajuda a entender os bairros e áreas de Sydney. E aqui tem uma lista de 10 bons blogs sobre o país.