Para nós, brasileiros na Europa, a grande atração são as cidades das quais muito ouvimos falar: Paris, Roma, Londres, Berlim, Amsterdam.

Mas quem mora no continente geralmente tem outro plano para as férias: fugir do agito dessas cidades.

É por isso que tantos europeus buscam refúgio nos Alpes, seja inverno ou verão. Os principais destinos são os países alpinos tradicionais: Suiça, Áustria, Itália e França.

Mas tem um outro lugar, praticamente desconhecido para os não-europeus, do qual eles também gostam muito: a Eslovênia.

Além da natureza alpina, que possibilita longas trilhas em meio a montanhas e lagos, a Eslovênia também é referência em exploração e estudo de cavernas.

E, também, tem praias charmosas, com mar transparente como o de sua vizinha, a Croácia.

O país tem ainda uma capital encantadora, Liubliana, que parece uma miniatura de Viena. E, a meia hora da capital, há um lago com uma igreja no meio e um castelo no alto, Bled, que parece ter saído de um conto de fadas.

 Se eu não te convenci ainda a incluir a Eslovênia no seu próximo roteiro, lê até o fim. Aposto que você muda de ideia!

Eslovênia: Que País é Esse?

Oficialmente, a Eslovênia só passou a existir em 1991, quando essa pequena região dos Alpes declarou-se independente da Iugoslávia.

Mas o termo “Eslovênia” existe desde o século XVI, como uma referência a uma porção de terra dentro do Sacro Império Romano Germânico onde viviam povos eslavos que falavam uma língua própria, o esloveno.

O termo Eslovênia passou a ser usado de forma mais consistente apenas a partir de 1848, ano conhecido na história da Europa como “Primavera dos Povos”.

Naquele tempo (começo do séc. XIX), havia três grandes monarquias na Europa Central: a França, o Reino da Prússia (atual Alemanha) e o Império Austríaco.

A estabilidade desses três reinos havia sido abalada pelas conquistas de Napoleão Bonaparte (1804-1814).

Embora as monarquias tenham recuperado seus territórios (1815), vários povos que viviam neles começaram a desenvolver ideais nacionalistas e republicanos.

Nas terras ocupados pelos eslovenos, alguns intelectuais começaram a falar em unificação administrativa e em inclusão do ensino do idioma esloveno nas escolas (que, na época, ensinavam apenas alemão).

Em muitas regiões da Europa estava acontecendo esse tipo de reinvidicação. Isso culminou na “Primavera dos Povos“: várias revoluções – todas fracassadas – que ocorreram no ano de 1848.

Não houve revolução nas terras dos eslovenos nesse ano.

Os eslovenos, de forma geral, estavam mais interessados em ser protegidos pela poderosa monarquia austríaca do que em se tornar uma nação independente.

Isso mudaria no final do século XIX, por um motivo externo à vontade dos eslovenos: o enfraquecimento do Império Austríaco e a formação de dois novos países, a Itália e a Alemanha (respectivamente em 1861 e 1871).

Uma das consequências desses movimentos políticos foi a ocupação das terras onde os eslovenos viviam pela Alemanha, Itália e, ainda, pela Hungria (também se aproveitando do enfraquecimento austríaco).

Como uma forma de defesa do idioma e cultura esloveno, a idéia de independência começou a tornar-se mais popular entre os eslavos, o que tornou-se ainda mais evidente durante a I Guerra Mundial (1914-1918).

Porém, quando a guerra acabou e os vencedores redesenharam o mapa da Europa, os eslovenos não ganharam autonomia.

No novo mapa europeu, o território dos antigos impérios Austro-Húngaro e Otomano (derrotados) foi dividido em alguns poucos novos países reunindo várias etnias.

As terras dos eslovenos foram incluídas no Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (1918-1929).

Em 1929, esse reino passaria a ser chamado Iugoslávia (1929-1941), que significa “eslavos do sul” (para saber mais sobre a divisão entre eslavos do sul, leste e oeste, leia meu post sobre os povos eslavos).

Após a II Guerra Mundial, com a expulsão dos invasores alemães, a Iugoslávia voltou a ser um país, que ficou conhecido como a “segunda Iugoslávia” (1946-1991).

Ao invés de um reino unitário, a nova Iugoslávia foi uma federação formada por seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Montenegro, Eslovênia, Macedônia e Bósnia-Herzegovina.

Enquanto o líder da “segunda Iugoslávia”, Josip Tito, viveu, esse modelo funcionou.

Após sua morte (1980) e como consequência das mudanças políticas ligadas à dissolução da União Soviética (1989), a Iugoslávia desintegrou-se.

Esse processo de desintegração começou exatamente com a Eslovênia.

Em 25/06/1991, o pequeno país, vizinho de Itália e Áustria, declarou sua independência.

Em 2004, a Eslovênia passou a ser parte da União Europeia (UE) e da OTAN. Em 2007, o país adotou o Euro como moeda e passou a fazer parte do Tratado Schengen (livre circulação de pessoas).

Quando comparado aos outros 26 países que formam a UE, a Eslovênia é o quarto menor em território e população. Porém, economicamente, é o 13º do ranking (PIB), logo atrás da Itália e bem à frente de Espanha e Portugal.

Em qualidade de vida, o pequeno país destaca-se ainda mais: a Eslovênia tem o décimo melhor IDH entre os 27 países da União Europeia, à frente de Áustria e França.

O idioma dos eslovenos

Como você percebeu, o idioma comum foi um dos elementos mais importantes para manter esse grupo de eslavos dos Alpes unido, o que resultaria na formação de um Estado independente mais de mil anos após sua chegada nessa região.

Então vamos falar mais sobre esse idioma.

O esloveno é uma língua de origem eslava, assim como o polonês e o russo.

Mas é o mais ocidentalizado dos idiomas eslavos (sobre os quais já falei aqui). Ele não usa o alfabeto cirílico e tem apenas três letras que não pertencem ao alfabeto latino: č, š e ž.

A característica mais especial do idioma esloveno é que, além de singular e plural, ele tem um pronome para pares (grupos de duas pessoas ou coisas).

O manuscrito de Freising, primeira aparição escrita do idioma, tem mais de mil anos. E uma primeira bíblia em esloveno foi impressa em 1584.

O primeiro jornal impresso no idioma, o Lublanske, foi publicado entre os anos 1797 e 1800.

Mas as primeiras gramáticas – e a disseminação da escrita em esloveno – surgiram apenas no começo do século XIX, acompanhando o surgimento das ideias de independência baseada no nacionalismo esloveno.

Atualmente o idioma esloveno é falado por pouco mais de 2 milhões de pessoas, principalmente na própria Eslovênia e nas regiões adjacentes na Áustria e na Itália.

As terras dos eslovenos

Quando estabeleceram-se nos Alpes, no século VI, os eslovenos estavam bastante dispersos pela região. Eles permaneceram assim por muito tempo.

Quando começaram os movimentos nacionalistas, na metade do século XIX, sabe-se que havia eslovenos vivendo em pelo menos 6 unidadades administrativas do Império Austríaco.

Uma delas, Carniola, era densamente ocupada por eslavos (eslovenos e sérvio-croatas): eles representavam 92% da população.

Além disso, os eslovenos sozinhos representavam mais de 30% da população nas regiões administrativas Styria, Carinthia e Goriska (Gorz).

A Eslovênia dos dias de hoje é, basicamente, o conjunto dessas regiões:

Fonte: FamilySearch.org

A atual capital do país, Liubliana, é a capital histórica da Carniola. Ela é a maior cidade da Eslovênia, com cerca de 300 mil habitantes.

A segunda maior cidade do país é Maribor, com cerca de cem mil habitantes. Ela fica na parte mais estreita do país, a apenas 50 km da Croácia e 20 km da Áustria.

Todas as outras cidades eslovenas tem menos de 40 mil moradores.

Turismo na Eslovênia

A Eslovênia é um dos destinos de turismo favorito dos europeus, especialmente alemães, italianos e austríacos. Eles representaram cerca de 40% das quase 4 milhões de chegadas em acomodações eslovenas em 2022 (com uma média de 2,5 noites por pessoa, totalizando 10 milhões de diárias).

Grande parte dessas estadias (mais de 40%) são na região dos Alpes, que inclui o Parque Natural Triglav e a cadeia de montanhas Karavanke (onde fica um dos destinos turísticos mais famosos do país, o lago Bled).

Mais para o sul fica o litoral e a área de relevo cárstico, onde encontramos a maioria das cavernas do país. Essa é a segunda região mais visitada da Eslovênia, representando cerca de 20% das estadias dos turistas estrangeiros.

Já a capital Liubliana, com seu centro histórico e castelo no alto da montanha, recebe cerca de 25% das estadias (a cidade é pequena, é possível conhecê-la sem precisar passar a noite lá).

Apenas uma minoria das chegadas (cerca de 10%) acontece nos parques termais, situados no leste do país. Essa é a única macro-região da Eslovênia em que o número de estadias de turistas nacionais supera o número de estadias de turistas estrangeiros.

Agora falaremos um pouco mais sobre cada uma dessas regiões e o que fazer em cada uma delas.

Alpes Eslovenos

Os Alpes Eslovenos são formados por três cadeias de montanhas: os Alpes Julianos, as montanhas Karavanke e as montanhas Kamnik-Savinja.

Além deles, eu vou te falar também de uma cadeia de montanhas que liga esses alpes à segunda maior cidade do país, Maribor.

As montanhas ficam no norte da Eslovênia, como você pode ver nesse mapa.

Fonte: Free World Maps

No Noroeste: Alpes Julianos

Os mais espetaculares são os da esquerda, os Alpes Julianos. Eles começam na Itália (35%) e estendem-se pelo noroeste da Eslovênia (65%).

A parte eslovena está protegida, dentro de uma área de reserva natural chamada Parque Nacional Triglav.

Explorando essa região, você vai ver paisagens lindíssimas, de montanhas com picos nevados, lagos verde esmeralda, cachoeiras e vilarejos que parecem saídos de um conto de fadas.

Os principais destaques são o Monte Triglav (o ponto mais alto da Eslovênia, com quase 3 mil metros de altitude) e a Estrada Russa, uma das várias passagens que possibilitam cruzar as montanhas.

No ponto mais alto dessa estrada fica o Vrsic Pass (1611 metros de altitude) onde fica um dos miradores mais bonitos da região. A estrutura turística lá é boa, com restaurante e loja de souvenirs.

A estrada tem apenas 24 km, mas, em função das curvas, o trajeto é feito em cerca de 45 minutos. Pra saber os detalhes da travessia, confira esse post do blog ApureGuria.

Os Alpes Julianos são perfeitos para quem quer explorar a natureza e há muitas opções de hospedagem e alimentação.

Elas vão de resorts e restaurantes de luxo a cabanas isoladas no meio das montanhas, além de várias opções para camping.

Eu vou te falar agora sobre as três regiões indicadas para hospedagem nos Alpes Julianos eslovenos: o vilarejo Kransjka Gora, a região do Lago Bohinji e a região do vale do rio Soca.

Se você quer um roteiro bem completo sobre como explorar toda essa região, sugiro a leitura desse post do blog Moon & Honey Travel.

Kranjska Gora

Essa cidade de 1.500 habitantes fica a 10 km da tríplice fronteira entre Eslovênia, Itália e Áustria.

Ela é conhecida porque fica em um dos extremos da Estrada Russa, que liga o lago Jasna à cidade de Trenta (no vale do rio Soca), passando pela passagem Vrsic da qual falamos antes.

Kranjksa Gora é um ótimo ponto para começar a explorar os Alpes Julianos para quem está vindo de Bled.

Além disso, na cidade vizinha, Podkoren, você pode visitar o lago Zelenci, formado por degelo, também deslumbrante (apenas 5 km de Kranjksa Gora).

Região do lago Bohinji

As pessoas visitam esse lago, que tem pouco mais de 4 km de extensão, por ser um dos mais bonitos da região.

Você pode fazer toda a volta caminhando, por uma trilha de 12 quilômetros. Também é possível nadar nele, e há algumas pequenas praias a seu redor.

Isso atrai turistas há bastante tempo, o que levou ao desenvolvimento turístico da região.

Hoje, além de aproveitar a natureza (lago e muitas trilhas ao seu redor), você pode usufruir de várias opções de lazer criadas pelo homem, como stand up paddle e aluguel de caiaque.

O ônibus que vai para o lago Bohinji (e que você pode pegar em Bled ou Liubliana) para em Ribčev Laz, um vilarejo de 150 habitantes bem na beira do lago .

Há um outro vilarejo, esse um pouco maior (500 habitantes), a pouco mais de 1 quilômetro do lago. Ele é chamado Stara Fužina. O trajeto pode ser feito a pé em cerca de 15 minutos.

Em função do turismo, há muitas opções de hotel e pousada nessa região apesar das cidades serem tão pequenininhas.

A cidade “grande” da região é Bohinjska Bistrica, com 1.700 habitantes. Nela há uma estação de trem (você pode conferir as linhas que chegam lá no site da companhia de trem eslovena).

O problema é que você vai estar a mais de 6 km do lag, onde também começam as trihas mais bonitas. E isso não é muito conveniente se você estiver sem carro.

Quem está de carro, tem ainda outra opção para estadia: no outro extremo do lago está Ukanc, um vilarejo super pequenininho (45 habitantes) mas que também oferece várias opções de hospedagem.

De Ukanc, você pode ir a pé até a cachoeira Savica e explorar as trilhas ao seu redor.

Vale do rio Soča

O rio Soča é famoso por sua cor, verde esmeralda ou azul turquesa, dependendo da luz e do horário do dia.

Ele nasce nos Alpes Julianos, por onde corre formando cascatas e lagos, até chegar ao outro lado do país. No total, são 138 km.

O vale desse rio, além das trilhas, lagos e cachoeiras, tem também as melhores opções para quem gosta de aventura. Tem rafting no rio, vôo de paraglider e assim por diante.

As melhores opções para hospedagem são as cidades de Bovec e Kobarid.

Bovec, com cerca de 1.500 habitantes, é comparada a Interlaken, uma cidade famosa dos alpes suíços que também fica ao pé de uma montanha.

A montanha eslovena é chamada de Svinjak, e tem 1653 metros de altitude.

Kobarid, com pouco mais de 1.000 habitantes, é o lugar para ficar se você gosta de culinária requintada. E não sou eu quem está dizendo isso, é o jornal britânico The Guardian.

Em Kobarid fica o restaurante Hiša Franko, que existe há mais de 50 anos e, em 2023, ganhou sua terceira estrela Michelin.

Ele é liderado pela chef Ana Roš Stojan, que apareceu no program Chef’s Table, do Netflix, em 2016.

Ela diz que não sabia cozinhar em 2002 quando seu marido herdou o restaurante familiar. Confira nessa entrevista deliciosa no jornal The New York Times.

E esse não é o único restaurante de destaque da cidade. O Hiša Franko é apenas um dos cinco restaurantes que formam o “Circuito Gastronômico de Kobarid”. Conheça os outros aqui.

Além disso, a própria Ana tem um segundo restaurante na cidade, com preços mais acessíveis, o Hiša Polonka.

Tudo isso no meio das belezas naturais do vale do rio Soča .

No Norte, Montanhas Karavanke

Essa cadeia de montanhas também começa na tríplice fronteira entre Itália, Eslovênia e Áustria, mas estende-se por todo o norte da Eslovênia, até a fronteira com a Croácia.

Do alto dessas montanhas, você vê a Eslovênia de um lado e a Áustria do outro. São 120 km que você pode percorrer a pé, fazendo essa trilha de 7 dias.

Se te parece muito, você pode ir direto para a parte mais bonita do passeio, o Monte Stol. Lá de cima você tem uma vista espetacular para o Lago Bled (a gente vai falar mais dele em seguida).

As montanhas Karavanke tem um tipo de turismo bem diferente do turismo nos Alpes Julianos. Karavanke é mais tranquilo e frequentado por visitantes regulares, que, muitas vezes, são sócios de clubes de montanha.

Esses clubes têm cabanas nas montanhas (mountain huts), geralmente com vistas espetaculares, onde os sócios se encontram e podem, também, passar à noite.

O conforto é mínimo: geralmente são quartos coletivos para muitas pessoas (varia de 5 a 30 camas) e, quando há chuveiro, geralmente o banho é frio.

Curioso? Espia aqui a carinha do Berthahut, um dos mais famosos desses clubes.

Quem não é sócio pode passar por lá, mas, aparentemente, a única maneira de hospedar-se num desses é “conhecendo um sócio”: aqui tem um tour de 4 dias que inclui estadia nesse tipo de cabana.

Além do Monte Stol, há vários outros picos que podem ser visitados nessa área, veja uma lista das principais montanhas do Karavanke aqui.

Bled

Se você já viu alguma foto da Eslovênia, há grandes chances de ter sido uma como essa:

Esse é o Lago Bled, a apenas 55 km da capital da Eslovênia. Sua beleza e fácil acesso fazem dele uma das principais atrações turísticas do país.

E não é de hoje. Em 1906, a vila de Bled (hoje com 8 mil habitantes) foi classificada como um dos melhores destinos turísticos do já extinto Império Austro-Húngaro.

Sua fama foi consequência das atividades de um suíço, Arnold Rikli.

Após haver estabelecido um método de cura baseado nos efeitos da luz, do ar e da água sobre o corpo humano, ele instalou uma clínica na região.

O tratamento incluía longas caminhadas pela manhã e banho de águas termais.

Seus primeiros pacientes foram os peregrinos que vinham a Bled para visitar a Igreja da Mãe Divina (Cerkev Matere Božje), que fica na ilha no meio do lago.

Rikly passou a convidar outras pessoas para virem experimentar a tranquilidade da região e, com a chegada do trem à área (estação de Lesce-Bled, a 4 km de distância do lago), o número de visitantes cresceu exponencialmente.

Com a dissolução do império, Bled passou a ser parte da Iugoslávia e um de seus principais destinos turísticos.

O segundo rei da Iugoslávia, Alexander (1921-1934), tinha uma mansão lá, na beira do lago. Ela chamava-se Vila Bled e é hoje um hotel.

Mais tarde, quando Tito tornou-se o presidente da “segunda Iugoslávia”, ele concluiu a obra de um segundo prédio, chamado Belvedere. Ele é hoje um café, de onde se tem uma vista linda para o lago e a ilha.

Já os hóspedes do presidente costumavam ficar no hotel Grand Toplice (antigo Louisenbad), o mais antigo da região, inaugurado em 1854.

Visitar a ilha de Bled é fácil: barcos como esse, chamados pletna, fazem a travessia.

No fundo da foto você enxerga o hotel Vila Bled e, bem à direita, o café Belvedere.

Para o outro lado da ilha você enxerga o castelo, lá no alto da montanha.

Ele parece distante, mas é bem acessível. Há várias rotas. A gente subiu pela estrada e desceu por uma trilha na montanha.

As primeiras menções ao castelo são do ano 1011. Ele foi reformado várias vezes ao longo deses mil anos e está em excelente estado.

O castelo é bonitinho e você pode visitá-lo usando esse áudio-guia.

Dentro do castelo tem um pequeno museu e um restaurante. Mas, o melhor mesmo, é a vista que se tem lá de cima.

Bled é imperdível. Pra quem quer apenas conhecer o lago e seus arredores, algumas horas são suficientes.

Já quem está buscando um refúgio onde descansar e recuperar as energias, com muitas opções de interação com a natureza, pode preparar a mala para alguns dias. Bled é um lugar perfeito pra isso.

Além de poder começar o dia fazendo uma caminhada na volta do lago (6 km), você pode vê-lo de vários ângulos diferentes, a partir das “três montanhas O” ou de Straža.

E há muitas opções de atividades na região, de caminhada à escalada, de mergulho a passeio de balão. Para saber mais, visite o site oficial de Bled.

Em paralelo ao Karavanke, Montanhas Kamnik-Savinja

Meio emendado nas montanhas Karavanke fica o terceiro alpe esloveno, o Kamnik-Savinja. Seu pico mais alto é o Grintovec, com 2.258 metros de altitude.

Uma boa base para explorar a região é Jezerko, um vale onde há várias opções de hospedagem.

Nesse alpe fica o resort de ski mais próximo da capital eslovena, o Krvavec Ski Resort. Ele já foi eleito várias vezes como o melhor do país.

Há também vários pequenos centros de esqui nas proximidades. Para mais informações sobre esse esporte, sugiro a leitura do blog TrekHunt.

Um dos vilarejos mais bonitos da região é Luče, onde você pode também pode visitar uma caverna.

Já para ver prédios históricos, o melhor lugar é Kamnik, onde há um centro medieval, dois castelos e um monastério. E, ainda, opção de relaxar em um spa.

Quem prefere estar numa cidade mesmo, pode ficar em Kranj. Trata-se da terceira maior da Eslovênia, com cerca de 37 mil habitantes.

E fica a apenas 30 km da capital Liubliana (o trajeto pode ser feito de trem em apenas 20 minutos).

Ao leste dos Alpes: Montanhas Pohorje e Spas Termais

Pouco além de Kamnik, cerca de 50 km para o oeste, ficam as montanhas Pohorje. Elas ficam na área de transição entre os Alpes e a região de águas termais, no extremo leste do país.

As principais cidades das montanhas são Zreče e Maribor.

Zreče tem três mil habitantes. Subindo a montanha, em menos de 30 minutos você chega em Rogla, um dos principais centros turísticos da Eslovênia.

Além de uma estação de esqui, considerada uma das melhores do país, há várias outras atrações na região, que podem ser desfrutadas o ano todo. Por exemplo, uma trilha sobre a floresta.

Maribor, a cidade do outro lado da montanha (a 35 minutos de carro), é a segunda maior da Eslovênia, com quase cem mil habitantes.

A apenas 10 km do centro fica Maribor-Pohorje, o maior centro de esqui do país. São duas estações de esqui (Bolfenk e Areh), ligadas por uma linha de ônibus que faz o trajeto em cerca de 15 minutos.

De qualquer uma dessa bases, Zreče ou Maribor, você pode, além de aproveitar as áreas turísticas principais (respectivamente Rogla e Maribor-Pohorje), explorar as várias outras atividades disponíveis nas montanhas Pohorje.

Quem tiver tempo para ir além, pode explorar a região dos parques termais.

Boas opções são Ptuj, a cidade mais antiga do país, e Rogaška Slatina, uma área termal famosa por suas propriedades curativas desde o século XVII.

Esses são apenas exemplos de alguns locais onde o turismo de águas termais acontece na Eslôvenia. Se você acha o assunto interessante, pode ficar sabendo mais sobre isso no site I Feel Slovenia.

A capital Liubliana

Voltando em direção ao litoral, a gente chega a Liubliana, a capital da Eslovênia. A cidade fica praticamente no centro do país, na margem do rio Liublianica.

Essa área é habitada desde tempos pré-históricos. Quando os romanos chegaram por lá, em torno do ano 14, construíram uma cidade. Ela chamava-se Emona.

Emona era um ponto estratégico para o Império Romano. Por ali passava uma estrada que ligava a primeira capital, Roma, à segunda, Constantinopla.

Emona foi atacada pelos hunos no século IV e, a partir daí, a população foi abandonando a cidade. Acredita-se que seus últimos habitantes tenham partido no século VI.

Novos registros sobre uma cidade nessa área só apareceriam em 1144, referindo-se a ela como Laibach (a palavra em alemão para Liubliana).

Nessa época, Liubliana era um vilarejo onde viviam alguns eslavos. No morro ao lado havia uma fortificação (o atual Castelo de Liubliana).

Aquelas terras, com vilarejo e castelo, haviam sido herdadas pela família Spanheim, nobres que controlavam a Carniola (parte do Sacro Império Romano Germânico).

A família Spanheim, no século seguinte, daria status de cidade à Liubliana. Ela era pouco mais do que uma praça, mas, mesmo assim, passou a ser a capital da Carniola (a partir de 1256).

Em 1270, logo após a morte do último Spanheim, a cidade e o castelo foram conquistados pelos húngaros. Não por muito tempo: a região mudou de mãos várias vezes, até 1335.

Foi nesse ano que toda a Carniola (incluindo Liubliana) passou a fazer parte das propriedades hereditárias dos Habsburgos – a dinastia governante do Sacro Império Romano Germânico (que mais tarde viraria o Império Austríaco e, depois, a Áustria).

A Carniola seria parte do império Habsburgo até 1918. E esse é um dos motivos pelo qual o centro histórico da cidade lembra tanto à capital austríaca, Viena.

Liubliana é uma gracinha e, embora seja possível explorar a cidade em apenas um dia, é um lugar tão agradável que você pode tranquilamente passar dois ou três dias por lá.

No Caminho para o Litoral: Cavernas

O turismo de caverna acontece na Eslovênia desde 1633. Ele começou em uma caverna chamada Vilenica, que fica em uma região conhecida como Kras.

Hoje sabe-se que 27% do território da Eslovênia é ocupado pelo carste (do original em alemão karst), um tipo de relevo marcado pela presença de cavernas e lagos subterrâneos.

O estudo desse tipo de relevo começou em 1689, quando o fenômeno encontrado no Kras foi apresentado pela primeira vez em um evento científico.

O fenômeno que ocorria no Kras foi apresentado por um estudioso da Carniola para os membros da Sociedade Real de Londres, da qual ele também fazia parte.

É por isso que o nome da região, Kras, virou praticamente sinônimo do tipo de relevo, que entrou no estudo geográfico com o nome Karst (em português: carste).

O estudo do carste evoluiu e, hoje, sabe-se que ele cobre cerca de 15% da superfície terrestre.

Mas só quem visita a Eslovênia pode explorar cavernas cársticas no local onde esse fenômeno foi identificado e estudado pela primeira vez.

Mas afinal, o que é o carste?

A crosta terrestre é formada por três tipos de rochas: ígneas, sedimentares e metamórficas (eu falei disso no post sobre os Açores).

Entre as rochas metamórficas, encontram-se as rochas carbonáticas ou calcárias.

Há dois tipos principais de rochas calcárias: as calcitas (em que predomina o carbonato de cálcio) e as dolomitas (uma combinação de carbonato de cálcio e magnésio). Ambas, sob certas condições, cristalizam-se. Conhecemos essas rochas cristalizadas como mármore.

Em regiões com presença dessas rochas desenvolve-se esse tipo especial de relevo, o carste. Ele é consequência da dissolução química das rochas calcárias por efeito, principalmente, da penetração da água.

Ao longo desse processo, chamado de carstificação, formam-se cavernas e rios subterrâneos.

Fonte: Lotus Arise

O Carste Esloveno

O carste ocupa o sudoeste da Eslovênia. O país tem milhares de cavernas cársticas, das quais muitas são abertas ao público.

Pertinho uma da outra você vai encontrar Postojna (a mais longa, com 24 km de extensão), Vilenica (aquela onde o turismo de cavernas começou), o complexo de cavernas Škocjan (reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade) e a caverna Križna (com 22 lagos subterrâneos).

Além disso, é possível visitar um castelo construído numa caverna, que parece estar pendurado na lateral de um penhasco (Castelo de Predjama).

Conhecer tudo isso é relativamente fácil, já que a distância entre essas cavernas que mencionei é pequena. Em 90 minutos dá para passar por todas elas.

Fonte: Google Maps

Mas qual é a graça de passar por uma caverna e não entrar?

O tempo para explorar cada uma depende do tour que você escolher, mas conte com pelo menos duas horas para cada passeio.

Nem todo mundo tem tempo – ou vontade – de fazer todos, então eu vou te fazer um resuminho de cada complexo pra te ajudar a escolher.

Križna (Caverna da Cruz)

Quem está vindo de Liubliana, pode começar o passeio pela Caverna da Cruz (Križna Jama). O passeio inclui um trecho de barco pelos lagos subterrâneos.

O tour mais curto dura pouco mais de uma hora e é fácil de agendar, já que acontece em grupos grandes (até 60 pessoas).

Para quem quer explorar mais, há um tour mais longo, com quase 4 horas de duração. O grupo continua em direção ao segundo lago, passando por estalactites e estalagmites, muitas delas submersas.

Para garantir a conservação da caverna, esse passeio pode ser feito por um máximo de 4 pessoas por dia. Por isso, se você estiver interessado, reserve com antecedência.

Há uma opção ainda mais longa, com destino à Montanha de Cristal, que fica no final do vigésimo lago.

Todas as informações sobre os possíveis passeios na gruta Križna podem ser encontradas aqui.

Caverna Postojna e Castelo Predjama (bônus: caverna Planina)

Eles ficam no munícipio de Postojna, que tem apenas 13 km².

O destaque é a caverna Postojna, há apenas 1 km do centro.

Ela é considerada o melhor exemplo de caverna cárstica da Europa e, por isso, é visitada por cerca de 1 milhão de pessoas a cada ano. Isso faz da pequena vila de Postojna um dos principais centros turísticos da Eslovênia.

A caverna tem 24 quilômetros de extensão e você pode conhecê-la com uma visita guiada que dura cerca de uma hora e meia.

Parte do trecho é feito em um trenzinho e outra parte é feita a pé, por uma trilha de nível fácil. No caminho, você passa por várias “paisagens de caverna”, incluindo muitas estalagmites e estalactites.

Outro destaque é um bichinho de cerca de 35 centímetros de comprimento. Ele é o proteus, que vive apenas nas cavernas dessa região.

Ele é conhecido como “peixe humano”, por ter guelras como os peixes, mas, também, pulmões, como os humanos. Acredita-se que o proteus pode viver até cem anos.

Quem visita essa caverna também pode explorar os túneis construídos durante a II Guerra Mundial para ligar a caverna Postojna a outras duas, a caverna Negra e a caverna Pivka.

A intenção dos italianos, que na época estavam ocupando essa região, era usar os túneis para chegar até a fronteira entre Itália e a Iugoslávia.

Isso não foi possível porque faltou conectar uma última caverna para completar o trajeto, a caverna Planina.

Se você quiser visitar a caverna Planina, é fácil. Mas, como eles nunca terminaram o túnel, você vai ter que ir até ela pela superfície.

A entrada da caverna Planina fica a cerca de 9 km da entrada da caverna Postojna.

A Planina é uma excelente opção para quem quer passear de barco pelas grutas – há vários lagos subterrâneos lá – e não está planejando ir até gruta Križna (da qual falamos antes).

Para quem escolher ficar por baixo da terra mesmo, é possível explorar as três grutas que foram interligadas (Postojna, Negra e Pivka) por baixo da terra, com o tour das três cavernas, que dura cerca de 4 horas.

Ainda em Postojna você pode visitar o castelo de Predjama. Ele foi construído na rocha, por questões de segurança. Visto de fora ele é espetacular (para fotos e mais detalhes sobre a visita, leia esse post).

O fato de ele ter sido construído direto na rocha e ligado a um sistema complexo de cavernas transforma o castelo em uma fortaleza.

Contam que uma vez houve um cerco que durou mais de um ano, mas as pessoas que estavam no castelo sobreviveram porque sabiam como usar as cavernas para ir até lugares onde era seguro buscar água e comida.

O prédio que a gente vê hoje é do século XVI e aparece no Livro dos Recordes (Guinness) como o maior castelo em caverna do mundo.

Caverna Skocjan e seu Rio Subterrâneo

A próxima caverna na nossa rota é Skocjan, a única caverna eslovena considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O motivo é geográfico e cultural.

O motivo geográfico é que essa caverna contém um dos maiores cânions subterrâneos do mundo, formado pela passagem do rio Reka pelo carste. Esse rio nasce na Croácia e, quando chega na vila de Skojcan, ele desaparece na caverna.

Quem entra na caverna pode ver o rio Reka correr “cânion abaixo”, formando corredeiras e cascatas.

A paisagem impressiona há séculos: há pinturas do rio subterrâneo e suas cachoeiras feitas no século XVII, pelo explorador Valvasor.

Em termos culturais, achados arqueológicos indicam que essa caverna é habitada há milênios.

A entrada da caverna fica no Parque Skocjan.

Comparar a visita a essa caverna com a caverna anterior, Postojna, é complicado: elas são muito diferentes.

Enquanto Postojna é super turística e sua visita guiada parece um show, essa caverna, Skocjan, é mais natural.

Eu encontrei uma boa comparação entre as duas nesse post do blog World Heritage. O casal que escreveu visitou uma depois da outra.

Segundo os critérios objetivos que eles determinaram, elas empataram. Mas, em termos de preferência pessoal, eles acharam a grandeza de Skocjan mais impressionante.

Além disso, só em Skocjan você pode fazer parte do passeio sem guia (a visita em Postojna é totalmente guiada).

Mas atenção: visitar Skocjan é fisicamente mais exigente. Todo o trajeto é feito a pé (o mais curto tem 3 km), e ele inclui muitos degraus. Mas, pelo que o casal conta no post, a visita vale a pena!

Vilenica, a Primeira Caverna Turística do Mundo

A menos de 10 km de distância fica a entrada da nossa última caverna, Vilenica.

Ela ficou meio esquecida desde que a caverna Postojna foi descoberta, no começo do século XIX. Mas, antes disso, Vilenica era considerada a maior, mais bonita e mais visitada caverna da Eslovênia.

Ela tem o título de primeira caverna turística do mundo porque, já em 1633, começou-se a cobrar ingresso para visita-la. Entre os visitantes, vários reis e imperadores.

Os primeiros mapas da caverna de que se tem notícia foram desenhados em 1748. E há uma aquarela, com o tamanho mais ou menos de uma TV de 35”, pintada no ano 1818.

A descoberta de Postojna e sua abertura para o turismo em 1819 ofuscaram tanto Vilenica, que a cidade decidiu encerrar as visitas turísticas (1836).

Apenas em 1963, quando a Sociedade de Cavernas do Município de Sežana (Jamarsko društvo Sežan) assumiu a gestão da caverna, ela foi reaberta ao público.

Essa Sociedade, formada por amantes de cavernas, encontrou o local em péssimas condições. Voluntários trabalharam na recuperação de Vilenica, o que possibilitou sua reabertura para visitas no mesmo ano.

Mas o mais legal dessa caverna é que ela foi transformada em um local de eventos usado pela comunidade que vive ao seu redor. Dentro dela são realizados de bailes a congressos.

Visitá-la é um pouquinho mais complicado, pois visitas regulares acontecem apenas aos domingos, de abril a outubro. Fora disso, só com agendamento. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.

Dicas pra Explorar o Carste Esloveno

Se você está sem carro, Postojna é a melhor opção para visitar cavernas. O acesso é super fácil, pois o trem que liga a capital Liubliana à Trieste, na Itália, para na estação de trem da cidade.

A entrada da caverna fica a apenas 1 quilômetro do centro, cerca de 15 minutos a pé.

Se você quiser hospedar-se mais perto ainda, pode ficar no Hotel Jama, que fica a 200 metros da entrada da caverna.

Se você pretende visitar também o castelo, vale a pena comprar um ticket completo. Ele dá direito ainda a visitar um museu sobre a história e geografia do carste (ao lado da caverna).

Entre a caverna e o castelo há uma linha de ônibus durante o verão. O trajeto dura 20 minutos.

Uma outra dica para explorar essa região é ler esse post do blog Monday Feelings. Ele é focado nessa área, curtinho e com muitas dicas sobre hospedagem e transporte.

O Litoral Esloveno

Nada melhor depois do passeio pelas cavernas do que chegar até o litoral e ver o mar.

Apesar da Eslovênia ter apenas 46 km de costa, suas praias são bonitas e bem populares.

O litoral tem 4 municípios: Sezana, Piran, Izola e Koper. Dá praticamente para conhecer a pé!

Aqui, por exemplo, você encontra um roteiro de uma trilha de 18 quilômetros, de Piran a Koper, passando por Izola (4 horas de caminhada).

Piran, conhecida como “a cidade do sal”, é bem antiga: a extração de sal na região acontece desde o ano 804.

Eu já escrevi sobre a importância das salinas no desenvolvimento das cidades no post sobre Aveiro, em Portugal.

Pois bem: em Piran você também pode visitar salinas que continuam usando o método tradicional de extração de sal.

Piran é considerada uma das cidades mais bonitas da costa do mar Adriático e fica bem agitada no verão.

Especialmente porque o acesso via balsa até a Itália (Veneza ou Trieste) e Croácia (Rovinj ou Porec) é super fácil (com linha direta).

Izola também uma cidade antiga, mas é mais simples e menos turística do que Piran.

Sua praia mais icônica é a Svetilnik (também conhecida como Lighthouse beach, ou praia do farol).

E quem está disposto a uma caminhada de cerca de uma hora pode ir até Mesečev Zaliv, também chamada de Beli Kriz ou Moon Bay. É uma praia linda, na qual só se chega a pé, depois de uma trilha puxada.

Outra joia do caminho é Bele Skale, praia que fica dentro do parque natural Strujan.

Finalmente chegamos a Koper, a maior cidade da costa eslovena, com 26 mil habitantes. É no seu porto que param os navios de cruzeiro.

Ela é uma cidade medieval, com uma longa tradição marítima e uma agradável calçada à beira do mar.

Além dessas três cidades principais, que podem ser conhecidas a pé pela trilha de 18 km, você pode também explorar o resto da costa.

Em direção à Croácia (a 9 km de Piran), você vai passar por Portoroz, uma cidade-resort. Ela é uma das poucas áreas de praias de areia branca da costa eslovena.

Já em direção à Itália (a 12 km de Koper), você pode visitar a pequena vila de Ankaran.

Pra terminar

Se você gostaria de ter ajuda para planejar seu roteiro de carro pela Eslovênia, sugiro esse post do blog Vagamundos (em português).

Ele inclui vários pontos que mencionei nesse post e dá também dicas de trânsito, hospedagem e alimentação.

Outro site que recomendo é o TravelSlovenia (em inglês).

Além de contar mais sobre os temas que mencionei nesse post e dar dicas práticas sobre como chegar ao país, o que comer, clima, etc, ele tem também uma lista de blogs dedicados à Eslovênia, onde você vai encontrar perspectivas diferentes sobre esse país deslumbrante.