Diversão e arte! É isso que atrai milhões de turistas à Barcelona, segunda cidade mais visitada da Espanha.
Barcelona não é apenas a cidade de Gaudí, um dos maiores arquitetos de todos os tempos. Ela também é a terra de outros grandes arquitetos, que criaram uma cidade nova, o Eixample, em poucas décadas.
Terra também de muitos outros artistas famosos, como o pintor e escultor Juan Miró e os Chefs Ferran e Albert Adriá.
Barcelona tem ar de Rio de Janeiro: uma cidade de praia, cheia de vida, luz e gente bem humorada.
Tem também um centro antigo fascinante, cheio de ruinhas estreitas do tempo dos romanos. É o Bairro Gótico.

Vem comigo passear por essa cidade linda, conhecer seus bairros e, quem sabe, planejar a sua própria viagem.
Caso você queira saber mais sobre a Catalunha, região autônoma da qual Barcelona é a capital, confira também o post Pra entender Barcelona: história da Catalunha.
Breve História de Barcelona
Os íberos já ocupavam aquela região há milhares de anos atrás. Acredita-se que eles chamavam o local de Baŕkeno, que, em grego, significa algo como “fazer barcos”.
Outros povos chegaram, a cidade foi mudando de nome, até aparecer o termo Barcelona, provavelmente entre os séculos V e VI. O significado seria algo como “o grande estaleiro”.
Faz sentido. A cidade é estrategicamente localizada entre o mar, a montanha e dois rios, e o comércio no mar Mediterrâneo foi a força propulsora do desenvolvimento da cidade no período medieval.
A posição estratégica também explica a necessidade de muralhas.
As de Barcelona começaram a ser erguidas quando a região era parte do Império Romano, há dois mil anos atrás, e continuaram sendo ampliadas até o século XVII.
Barcelona, até então, estava limitada à área dos muros, que corresponde ao que hoje é a chamada Cidade Velha (arredores das Ramblas + Barceloneta).
A densidade populacional dentro dos muros era altíssima. A cidade era suja e doenças alastravam-se rapidamente.
Do lado de fora dos muros havia uma área vazia enorme, que era parte da estratégia de defesa da cidade.
A falta de espaço dentro dos muros e a proibição de construir do lado de fora levou ao desenvolvimento de um cinturão industrial, a apenas alguns quilômetros da cidade.
Quando os muros foram derrubados, entre 1854 e 1859, teve início a execução do maior projeto urbanístico da Europa naquele século: a construção de uma cidade nova, dez vezes maior do que a cidade original, na área entre a Cidade Velha e o cinturão industrial.
Essa área nova é chamada de Eixample (que significa extensão). Hoje ela liga completamente a cidade antiga ao cinturão industrial, que foi incorporado à cidade.
Passear em Barcelona
Existem alguns passeios que estão na lista de todo mundo que vai à cidade: visitar a Sagrada Família, caminhar pelas Ramblas e conhecer a praia Barceloneta são alguns deles.
Possivelmente também estão nessa lista caminhar pelo Bairro Gótico e visitar outras obras de Antonio Gaudí, como o Park Guell e as casas Batlló e Milá.
Eu já falei longamente sobre Gaudí, sobre como conhecer sua obra e sobre outros fatos do modernismo catalão no post Barcelona, Gaudí e o Modernismo Catalão.
Não quero me repetir, por isso, cada vez que eu mencionar alguma assunto que já cobri lá, vou marcar o trecho com um asterisco (*).
Nesse post, a gente vai se concentrar em todas as outras coisas lindas que a cidade tem para oferecer.
Cidade Velha
Vamos começar pelo coração da cidade, a área onde ela começou. Pra se localizar em Barcelona, entre nesse mapa e selecione “Áreas (distritos, barrios)” e marque “Distritos”.
A Cidade Velha, aquela que ficava entre os muros, é tão pequenininha em relação ao resto, que talvez você tenha que dar um zoom para enxergá-la.

Fonte: Ajuntament de Barcelona
Mas, acredite, você vai passar bastante tempo lá.
Na Cidade Velha, destacam-se o Bairro Gótico, as Ramblas e a antiga praia de pescadores chamada Barceloneta.
O Bairro Gótico
A cidade nasceu ali, na Plaça Sant Jaume. Esse mapa mostra a linha dos primeiros muros da cidade.

Fonte: Ajuntament de Barcelona
Os muros foram ampliados nos séculos seguintes, aqui você vê como eles ficariam no século XIX.

Fonte: Ajuntament de Barcelona
O Bairro Gótico é toda a área entre as Ramblas (que na verdade é uma rua só, eu explico isso em seguida) e a via Laietana.
Eu conheci essa região da cidade fazendo um tour a pé da Sandemans, que recomendo muito.
Ele começa pela Plaça del Rei, a principal praça medieval da cidade. Lá fica o Museu de História de Barcelona, e, em seu subsolo, a gente vê as ruínas de Barcino, a cidade romana.
Na praça fica também o Palácio Real Maior, que era a moradia dos Condes de Barcelona entre os séculos XIII e XV.
Parte do primeiro muro da cidade ainda está lá, incorporado à parede do palácio.
A próxima parada é a Catedral de Barcelona.

No lado da catedral fica a Plaça Nova, onde ainda se vê duas torres da muralha romana.
Ali pertinho fica a Plaça Sant Felip Neri, que tem uma história trágica. Bombas jogadas durante a guerra civil mataram 42 pessoas, a maioria delas crianças. Estilhaços das bombas ainda podem ser vistos na igreja que fica na praça.
Um pouco mais adiante fica a Basílica Santa Maria del Pi, onde provavelmente havia um núcleo populacional já no século V.
Há duas quadras dali fica a Plaça Reial, onde você vai encontrar postes de luz criados por Gaudí no início de sua carreira.

Pra encerrar o passeio pelo Gótico a gente vai até a plaça Sant Jaume, origem da cidade e hoje seu centro político. Nela ficam tanto a prefeitura de Barcelona (Ajuntament) quanto a Generalitat (governo da Comunidade da Catalunha).


Além de toda essa área histórica, o Gótico é atualmente o principal centro comercial de Barcelona e da Catalunha.
Uma das ruas de comércio mais movimentadas é a Avenida del Portal de L’Àngel, que vai da Plaça Nova até a Plaça da Catalunha.
As Ramblas
Rambla é um termo usado para definir uma avenida com canteiro central com área para passeio.

As Ramblas foram construídas no local onde ficava o muro interno da cidade (aquele que aparece no segundo mapa lá do começo).
Curiosamente, apesar do nome no plural, Ramblas, estamos falando de uma rua só, composta por 5 trechos diferentes, cada um com um nome.
Os trechos são: Rambla de Canaletes, Rambla dels Estudis, Rambla de Sant Josep, Rambla dels Caputxins e Rambla de Santa Mônica.
A Rambla de Canaletes é o trecho próximo à Plaça de Catalunya.
Na Rambla de Sant Josep fica uma das entradas do Mercado de la Boquería, o maior da cidade.

Também é nesse trecho que encontramos um mosaico de Miró enorme no chão.
Falando nesse artista catalão que ficou famoso no mundo todo, há vários outros lugares onde você encontra suas obras pela cidade.
Para o aeroporto de Barcelona, Miró deixou esse mural.

Fonte: Grobuonis, Public domain, via Wikimedia Commons
Pertinho da Plaça d’Espanya, de que vamos falar em seguida, ele deixou uma obra chamada A Mulher e o Pássaro, no centro de uma praça chamada hoje de Parc Miró.
Você pode ainda visitar a Fundació Joan Miró, criada por ele mesmo, inicialmente com sua coleção privada.
Mas vamos voltar para as Ramblas! O trecho que segue o mosaico de Miró é chamado de Rambla dels Caputxins.
Ali fica uma das obras de Gaudí, o Palácio Guell*, e a principal casa de ópera da cidade, o Liceu.

Finalmente, na Rambla de Santa Monica fica o Museu Marítimo. E, bem no finalzinho da rua, você vai chegar na estátua em homenagem à Cristóvão Colombo.
Dá pra subir nela e, lá de cima, ter uma vista bonita para a cidade e o porto.


El Raval
Se das Ramblas você continuar caminhando até a Ronda de Sant Antoni (cerca de 1 km), terá chegado ao local onde ficava o muro exterior da cidade.
Essa área, entre as Ramblas e a Ronda de San Pau / Ronda de Sant Antoni, é o bairro Raval. Até a década de 1990, ele era considerado um dos piores bairros da cidade, área de comércio de drogas e prostituição.
Mas as coisas estão mudando: centros artísticos importantes, como o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), foram sendo construídos lá, e a área vem passando por um processo de gentrificação.
Eu fui até o Barceló Raval, um hotel boutique conhecido por seu roof-top com vista de 360 graus para a cidade.
Bom lugar para coquetéis no final da tarde.

Ele fica na Rambla del Raval, uma rua bem recente, construída em 1995. No seu canteiro central você vai ver um gato gigante, do artista colombiano Fernando Botero, conhecido por suas imagens arredondadas.
Sant Pere, Santa Caterina i La Ribera (El Born)
Do outro lado do Gótico ficam os bairros Sant Pere, Santa Catarina e La Ribera. Eles estão separados do Gótico pela Via Laietana, uma rua construída no começo do século XX.
Quando a gente caminha por esses três bairros, eles parecem uma coisa só.
As melhores referências para se localizar são a Ronda de Sant Pere, o Mercado de Santa Caterina e a rua Passeig del Born.
El Born é o nome de uma área específica do bairro La Ribera, que teve metade de suas casas destruídas no século XVIII, para a construção de uma fortaleza em seu lugar.
A rua Passeig del Born, que é hoje exclusiva para pedestres, era o local onde eram disputados torneios medievais. O nome El Born vem daí.

Nessa região vivem hoje muitos artistas e você vai encontrar várias lojas de produtos locais e artesanais. El Born também é a região boêmia da cidade.
Ela ficou tão popular nos últimos anos que, agora, muita gente usa o termo El Born para referir-se a todo o conjunto dos bairros la Ribera, Sant Pere e Santa Caterina.
Se você gosta de visitar mercados, confira o Mercado del Born e o Mercado de Santa Caterina, facilmente identificado pelo seu telhado colorido.

Eles são menos famosos que o Mercado de Boquería, o que significa que você vai ver menos turistas por lá – e vai ter uma experiência mais real do cotidiano da cidade.
Um último destaque dessa área é a Basílica de Santa Maria del Mar.
A igreja foi construída a partir de 1359. Naquela época, a população da Ribera era formada por pessoas envolvidas nas atividades marítimas, de pescadores a comerciantes, e eles queriam sua própria catedral.
A história da construção da igreja virou livro em 2006 e seriado do Netflix em 2017.
Também deste lado da Avenida Laietana fica o Palácio da Música Catalã (Palau de la Música Catalana), um belíssimo prédio modernista, projetado pelo arquiteto Lluis Domènech*.

Esses bairros terminam no Parque da Cidadela.
Sabe a fortaleza de que eu falei agora há pouco? Ela foi destruída no final do século XIX e, em seu lugar, foi construído o Parque da Cidadela.
Se você quiser saber mais sobre esses três bairros, leia esse post do blog Your Guide Barcelona.
Barceloneta
O último trecho da Cidade Velha é a área praiana, a famosa Barceloneta. Um ponto para começar a explorar essa área da cidade é a estação de metrô de mesmo nome.
Se você seguir pela rua Passeig Juan de Borbó, outra avenida larga e arborizada, vai estar caminhando entre a Marina do Porto Velho e a área residencial do bairro.
Seguindo até a praia, você estará no meio de 2 km de areia, entre o Hotel W (o prédio bem à esquerda, que lembra uma vela de barco) e o peixe dourado do arquiteto Frank Gerry (à direita, bem no fundo).


Tudo isso é no distrito Barceloneta, mas a praia muda de nome algumas vezes. Do sul para o norte, elas são chamadas respectivamente de Sant Sebastià, Sant Miquel, Barceloneta e Somorrostro.
Na orla, há várias opções de bares e restaurantes, para todos os gostos e bolsos. E, também, muitas alternativas para a prática de esportes.
O Eixample
Saindo da Cidade Velha, o grande destaque de Barcelona é o Eixample, o distrito planejado que ocupou o grande espaço vazio entre a antiga cidade murada e o cinturão industrial.
Essa extensão da cidade divide-se em seis bairros: Sant Antoni, Nova Esquerra (Esquerda), Antiga Esquerra, Dreta (Direita) de l’Eixample, Sagrada Família e Fort Pienc.
A principal característica do Eixample são as quadras octogonais: as esquinas de cada bloco não tem um ângulo de 90 graus como estamos acostumados.
Elas são “achatadas”, para facilitar o trânsito de carros maiores, previstos na época da construção do bairro.
Eu circulei bastante por três desses bairros, pois estava hospedada pertinho da Plaça de la Universitat, praticamente na fronteira entre Sant Antoni, l’Antiga Esquerra e la Dreta de l’Eixample.
Sant Antoni
Esse bairro fica entre as Rondas de Sant Pau e Sant Antoni (onde ficava o muro da cidade) e a Avenida do Paralelo.
Essa é uma área residencial bem agradável, cheia de bares e restaurantes frequentados mais por moradores do que por turistas.
E, também, ficam lá alguns restaurantes famosos, como a cadeia de restaurantes dos Chefs Ferran e Albert Adriá.
Por muitos anos eles estiveram à frente do restaurante El Bulli, que chegou a ter três estrelas Michelin e foi escolhido cinco vezes como o melhor restaurante do mundo.
Para quem se interessa pelo mundo da culinária, vale a pena conhecer o modelo de negócio dos sócios.
Eu jantei no Bodega 1900. O ambiente é descontraído, e os pratos, além de gostosos, são lindos!

Outra atração do Bairro Sant Antoni é seu mercado, que, inaugurado em 1882, foi o primeiro a ser construído fora das muralhas da cidade.
É um prédio modernista, com muito ferro, vidro e cerâmica.

La Nova Esquerra
Eu não andei muito nessa área, mas é lá que fica o Parc Miró, que mencionei antes.
O jeito mais fácil de visitá-lo é deixar para fazer isso no dia em que você for conhecer a Plaça d’Espanya, a Fonte Mágica e o Castelo de Montjuic.
A gente vai falar desses lugares em seguida.
La Antigua Esquerra e la Dreta de l’Eixample
Vou falar desses dois bairros juntos porque você mal vai perceber quando estiver em um ou em outro.
É nessa área que fica a rua Passeig de Gracia, mais uma avenida larga e arborizada, onde ficam não apenas as duas casas mais famosas de Gaudí (Batlló e Milá)*, como também vários outros prédios modernistas e a maioria das lojas de luxo da cidade.


Nos seus arredores está a Barcelona moderna. Ruas largas, muito comércio e uma infinidade de bares, restaurantes e galerias de arte.
Algumas ruas são quase temáticas: a Carrer d’Enric Granados, por exemplo, é conhecida por seus bares e restaurantes; já a Consell de Cent, por suas galerias de arte.
Esse post da Condé Nast fala dessas e de outras ruas que merecem ser exploradas na região.
Eu posso recomendar uma casa de doces chamada La Pastisseria.



O mais fascinante da comida de Barcelona é que, na minha experiência, tudo o que é lindo é também saborosíssimo!
Sagrada Família e Fort Pienc
Não é apenas a fascinante igreja inacabada de Gaudí* que fica nessa área do Eixample.

Outro prédio modernista considerado Patrimônio da Humanidade, o Recinto Modernista de Sant Pau*, fica a menos de 1 quilômetro dali.
Já para o outro lado da Sagrada Família, em direção ao mar, você vai estar no bairro Fort Pienc, onde fica o Arco do Triunfo da cidade de Barcelona, construído em estilo neo-mudejár (uma releitura do estilo arquitetônico característico da Espanha, de origem árabe).
O arco foi construído em 1888, como porta de entrada para a Exposição Universal* sediada pela cidade.
Ele fica no começo da avenida Passeig de Lluís Companys, que leva até a entrada do Parque da Cidadela.
Ao contrário de outros arcos com o mesmo nome que foram construídos para celebrar vitórias militares, o Arco do Triunfo de Barcelona foi construído como um símbolo de progresso.
Suas imagens são homenagens à agricultura, indústria, comércio e arte.
Com a chegada ao Parque da Cidadela, encerramos nosso passeio pelo Eixample e estamos de volta à Cidade Velha.
Distritos de Gracia e Sant Martí
Embora não seja um bairro tipicamente turístico, você provavelmente vai conhecer o distrito de Grácia, pois é lá que fica o Park Guell*.

Se resolver esticar o passeio pelo bairro, a dica é ir até a Plaça del Sol, a mais popular de Gracia. Fica a 1,6 km do Park.
Outra área bem grande da cidade é o bairro residencial Sant Martí.
Sant Martí passou por uma enorme transformação no final da década de 1980 e começo da década de 1990 em função das Olímpiadas de Barcelona (1992).
A parte do bairro que fica de frente para o mar era uma área industrial e estradas de ferro separavam o bairro do mar.
Para os jogos olímpicos foram construídos o Porto Olímpico (onde fica o peixe dourado de Frank Gerry), a Vila Olímpica (hoje área residencial), o Complexo Esportivo Mar Bella e, melhor de tudo, a cidade abriu-se ao mar.
Hoje as praias de Sant Martí estendem-se por 3 quilômetros. São elas Nova Icària, Bogatell, Mar Bella, Nova Mar Bella e Llevant.
Também fica em Sant Martí a Torre Agbar, um prédio de 33 andares que pode ser visto de qualquer parte da cidade.

Sants-Montjuic
Encerramos nosso passeio por Barcelona no distrito onde ficam a Plaça d’Espanya, o Palácio Nacional (Museu Nacional de Arte da Catalunha), a Fonte Magica de Montjuic, a Fundação Juan Miró, o Teleférico de Montjuic e o Poble Espanyol.
A dica é deixar para conhecer esse lado da cidade de acordo com os dias e horários de coreografia da Fonte Mágica, um show de águas e luzes que, infelizmente, eu perdi.
Eles acontecem à noite, programe-se para terminar o passeio por lá.
Você pode começar pelo teleférico de Montjuic (veja aqui como chegar lá).

Pertinho da entrada do teleférico fica a Fundação Juan Miró.
Do teleférico você terá uma vista panorâmica da cidade.
Quem compra só o trecho de ida, vai direto da base (estação Parque) para o Castelo de Montjuic, um forte do século XVIII (estação Castelo).

Quem compra ida e volta tem uma terceira parada: na descida do castelo para a base, o teleférico para em um mirador, de onde se tem uma vista bonita para a cidade.
Mas você pode comprar só a ida e descer a pé do castelo para o mirador. Para ir embora, você pode pegar a linha de ônibus 150 e ir parando pelo caminho.
Primeiro, pode dar uma espiada no Estádio Olímpico. Ele foi inaugurado em 1929, para receber a segunda Exposição Universal a acontecer na cidade, e foi completamente remodelado para as Olímpiadas de 1992.
Tanto a festa de abertura quanto a de encerramento das Olimpíadas aconteceram lá.
Um dos hinos dessa Olímpiada é a música Barcelona, interpretada por Freddie Mercury e Montserrat Caballet. Vale a pena ouvir:
Dizem que eles cantariam a música juntos na abertura dos jogos, mas o vocalista do Queen morreu alguns meses antes.
Continuando na linha 150, sua próxima parada pode ser no Poble Espanyol.
Trata-se de um parque temático, tipo o Epcot Center, mas que ao invés de retratar países diferentes, retrata as diferentes regiões da Espanha.


Duas paradas adiante você já chega na Plaça de l’Univers, seu destino final. Para um lado você vai enxergar as torres da Plaça d’Espanya.

Se caminhar naquela direção e for um pouquinho mais adiante, vai encontrar a estátua Mulher e Passáro, de Juan Miró, no parque que tem o nome do artista.
Para o outro lado você vai enxergar o Palácio Nacional. No caminho vai estar a Fonte Mágica.

Dicas Práticas
Bebidas típicas
A bebida típica da cidade de Barcelona é o vermute, um aperitivo que, normalmente, é tomado já antes do almoço.
Esse post do Culture Trip fala um pouco sobre a história do vermute e como bebê-lo como um barcelonense.
Mas a cidade também tem sua própria cerveja, a Moritz, e a Catalunha é famosa por suas vinícolas.
Pertinho de Barcelona fica Penedès, uma das regiões vinícolas mais importantes do país (Denominação de Origem Protegida Penedès).
Mas Penedès tem algo ainda mais especial, as cavas. Cava é como são chamadas as espumantes espanholas. Elas tem seu próprio “selo”: Denominação de Origem Protegida Cava.
Esses vinhos são produzidos em apenas algumas regiões do país – e a principal delas fica em Penedès.
O povoado mais ligado à produção de cava é St. Sadurní d’Anoia. Eu fui até lá para visitar a Freixenet.

É bem fácil chegar lá de trem, basta descer na estação da cidade e caminhar um pouquinho.
Tive uma aula sobre produção de espumante e adorei. Mas você não precisa ir necessariamente na Freixenet.
No centro da cidade você pode visitar o Centro de Interpretação da Cava.
Ou visitar outras vinícolas, internacionais como a Codorniu, turísticas como a Bodega Jean Leon e as Bodegas Torres, ou familiares como a Recaredo e a Gramona.
Esse post do blog Passaporte BCN fala de um tour de 1 dia com visita a três dessas vinícolas. Pode ser uma alternativa interessante para quem prefere um passeio mais estruturado a aventurar-se de trem por aí.
Onde ficar
Barcelona é uma cidade grande, com mais de 1 milhão e meio de habitantes. É natural a gente ter dúvida sobre onde hospedar-se em uma cidade desse tamanho.
Eu fiquei pertinho da Plaça de l’Universitat e recomendo muito. Tecnicamente eu estava no Raval, mas bem no cruzamento com Sant Antoni, L’Antiga Esquerra e la Dreta de l’Eixample.
Escolhi esse lugar porque tinham me sugerido ficar perto da Plaça de Catalunya, o que faz sentido.
Ela fica num extremo das Ramblas, pertinho das casas de Gaudí, e dela se tem acesso a todas as linhas possíveis de transporte público.
Eu considerei também ficar em El Born ou Barceloneta, porque queria ficar perto da praia. Mas há pouca oferta de alojamento nessas regiões.
Se você não está muito interessado em turismo e quer mesmo é ficar perto da praia, sugiro procurar um lugar em Sant Martí. Essas praias são mais tranquilas do que as de Barceloneta.
Pra terminar
Não dá pra falar de Barcelona sem falar de futebol. O Futbol Club Barcelona é um dos times de futebol mais populares do mundo.
Para descobrir como visitar seu estádio, o Camp Nou, clique aqui.
E, para ver Barcelona sem sair de casa, confira também alguns filmes gravados na cidade, seguindo as dicas dos blogs Barcelona Movie Walks e ArchDaily.